Chegando aos momentos de definições da Vuelta España 2011, a etapa de número 13 trouxe mudanças na parte de cima da tabela de classificação geral e na classificação das montanhas. Foram cinco subidas categorizadas no percurso, três de categoria 3 ( Alto O'Pico da Peña - km 15,3; Alto de O Lago - km 34,6; e Puerto de Lumeras - km 116,7) e duas de categoria 1 (Alto de Folgueiras de Aigas - km 70,1; e Puerto de Ancares - km 96,6) em 158,2 km entre Sarria e Ponferrada.
Com papel fundamental, principalmente a primeira, as metas volante estiveram no km 27 (Becerrea), entre as duas primeiras montanhas de categoria 3, e a segunda no km 131 (Puerto de Ocero).
Aproveitando-se do percurso bastante acidentado, um grande grupo saltou do pelotão bem cedo, inclusive Matteo Montaguti (AG2R) e David Moncoutié (Cofidis), que chegaram a Sarria separados por apenas um ponto na disputa da camisa branca com bolinhas azuis, de melhor montanhista, com vantagem para o italiano.
O grupo teve, no início, as presenças de Vicenzo Nibali (Liquigas-Cannondale) e do camisa vermelha, Bradley Wiggins (SKY). O atual campeão da Vuelta tinha a estratégia de passar em primeiro na meta volante, o dando 6'' de bonificação. Nibali concluiu o objetivo com êxito, e pulou para a 2ª colocação no geral, com apenas 4'' de desvantagem para o Wiggins.
Enquanto isso, Montaguti passou em 1º e 2º nas duas primeiras escaladas de categoria 3, enquanto Moncoutié foi 2º e 3º, respectivamente. Mas o italiano da AG2R não resistiu por muito tempo e acabou voltando ao pelotão, junto com Nibali e Wiggins, que já não tinha porque continuar a frente. Aproveitando-se do momento de fraqueza de seu adversário, Moncoutié foi 2º no Alto de Folgueiras de Aigas e Puerto de Ancares (categoria 1), e 1º no Puerto de Lumeras (categoria 3).
Com os primeiros objetivos de alguns ciclistas tendo se concretizado, uma grupo de 28 fugitivos se formou, com Jan Bakelandts e Olivier Kaisen (Omega Pharma-Lotto), Marc De Maar e Kevin Seeldraeyers (Quickstep), Dominik Nerz e Eros Capecchi (Liquigas), Amets Txurruka, Igor Anton, Mikel Nieve e Gorka Verdugo (Euskaltel), Adrian Palomares Villaplana (Andalucia-Caja Granada), Yohan Bagot e Moncoutie (Cofidis), Filipe Oliviera Nelson (RadioShack), Daniel Moreno e Alberto Losada (Katusha), Chris Sørensen (Saxo Bank-SunGard), Michael Albasini (HTC-Highroad), Carlos Sastre, David Blanco e David De La Fuente (Geox), David Le Lay e Nicolas Roche (AG2R), Oliver Zaugg (Leopard Trek), Evgeny Petrov (Astana), David Lopez e Angel Madrazo Ruiz (Movistar).
O grupo, quase um novo pelotão, seguiu junto até a principal montanha do dia, o Puerto de Ancares, que estreava na Vuelta. Com 11,8 km e 7,7% de inclinação média, alguns atletas fugitivos acabaram sobrando, dentre eles estava Igor Anton, para variar. O pelote também ficou mais selecionado, e até mesmo um grupo com Nibali, Frederik Kessiakoff (Astana) e Bauke Mollema (Rabobank) tentou saltar para perseguir a cabeça da prova, mas foram reincorporados.
Apesar do grande número de ciclistas escapados, esses não conseguiram abrir uma grande vantagem, chegando a rondar pelos 2'50''. Porém, com tantos atletas, seria difícil do pelotão conseguir neutralizar os fugitivos, mas com a presença de Dani Moreno no grupo da frente, o único que poderia levar alguma preocupação aos líderes caso tirasse 3'00'', o pelote resolveu acelerar e fez a diferença cair para uma margem segura.
Embora a distância tenha sido diminuída, ela novamente se estabilizou por volta de 1'40'', não mudando muito até o final. Nos últimos 3 km uma série de ataques foram lançados na fuga, e Bakelamdts, na tentativa de uma escapada, acabou colidindo com uma ilha divisória de uma rua e foi ao chão.
No último quilômetro o grupo estava reagrupado e pronto para o sprint final. Michael Albasini saltou melhor, sendo perseguido por Eros Capecchi e Dani Moreno, mas a vitória ficou com o suíço da HTC-Highroad, mostrando que a equipe não é só Mark Cavendish, como o próprio falou em entrevista pós-prova.
Wiggins manteve "la roja", mas vê a aproximação de Nibali, agora 4'' atrás. Com os pontos das montanhas conquistados por David Moncoutié, a camisa branca com bolinhas azuis muda de mãos, e agora é do francês. Outra camisa que mudou de dono foi a combinada, que agora é de Daniel Moreno.
O 14º estágio será mais uma decisiva, dessa vez serão 175,8 km entre Astorga e Lafarrapona, com uma montanha de categoria 2, uma de categoria 1 e a chegada fora de categoria.
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