Nova campeã Mundial feminina junior comemora no podium. Foto: Roberto Bettini/Cycling News |
Com seus 17 anos completados três dias antes da prova do Mundial feminino junior, Lucy Garner (Grã Bretanha) sagrou-se campeã Mundial feminina junior de estrada nesta sexta-feira (23) ao completar o acidentado (no sentido de acidentes) percurso de 70 km com o tempo de 1h46'17'' batendo as rivais no sprint final. Jessy Druyts (Bélgica) e Christina Siggaard (Dinamarca) vieram na sequência, mas não foram capazes de bater a britânica na velocidade.
Durante a prova várias ciclistas acabaram se acidentado, inclusive a campeã, mas Garner conseguiu voltar e terminou com a medalha dourada. Mesma sorte não tiveram Alison Beveridge (Canadá), Grace Alexander (Estados Unidos) e Jessica Allen (Austrália), campeã da prova do contra-relógio na modalidade, e tiveram de abandonar.
Algumas tentativas de fugas se sucederam nas primeiras voltas. Amy Roberts (Grã Bretanha), Nguyen Thi That (Vietnã) e Thalita de Jongh (Holanda) tentaram por fogo no pelotão em momentos distintos da prova. A holandesa conseguiu resistir por mais tempo e não foi alcançada por um grupo perseguidor que se formou entre ela e o grupo de elite com Alexandra Nessmar (Suécia) e Irene Usabiaga (Espanha), que acabou sendo neutralizado no início da quarta volta.
De Jongh continuou resistindo à frente com uma vantagem rondando os 10’’, até o ataque de Mieke Kroger (Alemanha), levando consigo pouco depois Maria Confalonieri (Itália), Elinor Barker (Grã Bretanha), Annie Ewart (Canadá) e Ingrid Drexel (México). Porém, o novo grupo não conseguiu abrir do pelotão e acabaram sendo devolvidas ao pelote.
Pouco após a neutralização das fugitivas, a campeã européia da modalidade, Rosella Ratto (Itália) lançou a sua investida para tentar ganhar a camisa arco-íris e saltou solitária em nova escapada. A equipe italiana trabalhou para Ratto andando na frente do pelotão para diminuir o ritmo, proporcionando a campeã do “velho continente” abrir um pouco na frente. Foi quando Kroger apareceu novamente, desta vez na última volta, conseguindo chegar a Ratto, trabalhando juntas, chegaram a ter 21’’ de vantagem para as demais nos primeiros quilômetros. A Alemanha se juntou a Itália e tentou ajudar no grupo principal para que a dupla da cabeça da prova pudessem disputar entre si a vitória.
A italiana começou a ficar sem pernas para manter o passo, e as coisas ficariam piores quando Marlene Wintgens (Bélgica) tentou saltar, o que fez o pelotão acelerar mais para não permitir que uma nova peça se juntasse a fuga na parte final. A Alemanha e a Itália tentaram novamente fazer o trabalho de retardar o grupo, mas o ritmo estava caindo também na ponta da corrida. Faltando 5,5 km para a linha final as duas atletas da frente tinham 36’’ a frente.
Com o final chegando, a movimentação no grupo principal foi aumentando, e Lucy Garner saltou, mas foi reincorporada após abrir poucos segundos, com 4 km pela frente. Ratto e Kroger resistiram bravamente, mas no último quilômetro não foram capazes de permanecerem na ponta e terminaram engolidas pelo “monstro feroz” que vinha logo atrás.
Katarzyna Kirschentein (Polônia) foi a primeira a lançar o sprint, mas cedo demais e acabou sendo superada. As demais velocistas estavam no trem de embalada e Garner era uma das últimas, porém soube a hora certa de usar sua força máxima e cruzou a linha de chegada em primeiro, conquistando o título Mundial. Após a britânica vieram Jessy Druyts (Bélgica) e a atleta da casa, Christina Siggaard, todas com o mesmo tempo da líder, 1h46’17’’.
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