As metas intermediárias de sprint estiveram nos km 145,7 (Espinosa de los Monteros) e 200,2 (Solares), entre a segunda montanha e a chegada.
Um início rápido, com uma grande fuga de 20 homens, com nomes como Sylvain Chavanel (Quick Step), Greg van Avermaet (BMC Racing), Oliver Kaisen (Omega Pharma-Lotto), Guillaume Bonnaford (Ag2r-La Mondiale), Evgeni Petrov (Astana) e Johannes Frohlinger (Skil-Shimano), que conseguiram se manter unidos até o km 116.
Quem ainda continuava, ajudou o grupo a abrir até 2'50'' de vantagem, que caiu para 1'17'' no topo do Portillo de Bustos. Durante a subida da segunda montanha do dia, Kaisen tentou se desgarrar da fuga, mas acabou sendo neutralizado. Enquanto isso, um novo ataque no pelotão com Marzio Bruseghin (Movistar), Frank Mathias (BMC) e o camisa branca de bolinhas azuis, David Moncoutié (Cofidis) alcançou os escapados e brigaram pela meta de montanha.
Então apareceu o trabalho da equipe do líder geral, Juan Jose Cobo. A Geox-TMC tomou a frente do pelotão e impôs um ritmo alucinante, esticando todo o grupo, sem deixar chance para novas fugas. Andrey Kashechkin (Astana) e Pablo Lastras (Movistar) tentaram até escapar, mas foram prontamente devolvidos ao pelotão.
A escalada mais difícil do dia seria a derradeira chegada no alto nesta edição da Vuelta, e a última montanha fora de categoria até Madrid. Peña Cabarga não é uma subida longa, com 6,1 km de ascensão, porém com trechos muito inclinados, como o 1,5 km final, com até 19% de inclinação.
Altimetria do Peña Cabarga |
Quem decidiu aparecer foi Jurgen Van Den Broeck (Omega Pharma-Lotto), que atacou, passou os escapados e parecia bem para vencer, mas o último 1,5 km com 13% de inclinação média fez o belga sentir.
Não era dia de Bradley Wiggins (SKY), então seu companheiro de equipe e melhor colocado na geral, Christopher Froome saltou no trecho mais complicado, buscou Van Den Broeck e seguiu abrindo uma vantagem que, somada a bonificação, lhe daria totais condições de até sair do estágio com a camisa vermelha. Após as desgastantes duas primeiras semanas, Wiggins não tinha pernas para acompanhar Froome, e liberou seu companheiro de time para lutar por "la roja".
Enquanto isso, o detentor da camisa vermelha, Juan Jose Cobo, parecia está fraquejando diante do ataque alucinante de seu rival, mas ele esperou o momento certo para responder ao ataque, alcançou e ultrapassou o seu rival, o que parecia inimaginável, mas em um último contragolpe o britânico deu na cabeça de Cobo e levou a etapa com 1'' de vantagem para o espanhol, mais 20'' de bonificação, contra 12'' do segundo colocado, que o coloca 13'' atrás de Cobo na classificação geral.
Bauke Mollema (Rabobank) foi 3º na etapa e tomou a camisa verde, de líder por pontos, de Joaquin "Purito" Rodriguez (Katusha), que até conseguiu manter o posto por bastante tempo. As camisas branca com bolinhas azuis (montanhista) e branca (combinada) continuam com seus donos, David Moncoutié e Juan Jose Cobo, respectivamente.
Daqui para frente teremos seis montanhas de categoria 3, quatro de categoria 2 e três de categoria 1, todas no meio dos percursos dos próximos estágios, e a briga pelas metas volante. Embora Cobo tenha dado um grande passo ao defender sua camisa, Froome promete brigar bastante para tomá-la do espanhol.
A próxima etapa terá 174,6 km entre Solares e Noja, com três montanhas de categoria 3, uma de categoria 2 e outra de categoria 1, essa última com inclinação máxima de 11% de média entre os km 8 e 9 da escalada de 9,4 km.
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