sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Tour de Wallonie-Picarde: Foto do dia (2ª etapa)

Foto: circuitfrancobelge.com

Astana confirma Janez Brajkovic (RadioShack) por dois anos

ÚltimasNotícias

Tour de Wallonie-Picarde: Foto do dia (1ª etapa)

McEwen não dá chances a rivais no sprint. Foto: circuitfrancobelge.com

Robbie McEwen vece na primeira etapa do Tour de Wallonie-Picarde (vídeo)

McEwen é o primeiro a vestir a camisa amarela da competição. Foto: circuitfrancobelge.com




Confira os melhores momentos:



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Novo time substituirá a equipe Skil-Shimano no Pro-Tour 2012

Nova equipe terá base na França. Foto: Reprodução
O diretor da atual equipe Skil-Shimano, Iwan Spekenbrink, anunciou que uma nova equipe, chamada de "1t4i" irá substituir o time existente a partir de 2012. Toda a infra-estrutura já existente irá ser reaproveitada, mas com ênfase internacional, movendo-se para uma base no sul da França.

A mudança se deve ao fato da equipe perder seu principal patrocinador, a fabricante de ferramentas Skil, desde 2005 estampando sua marca na camisa do time holandês. Já a Shimano está garantido por mais três anos. Além do nome e do patrocinador, também haverá mudanças na marca das bicicletas.

Segundo Spekenbrink, o nome do novo patrocinador não será anunciado neste ano, e enquanto isso a equipe será chamada de 1t4i. "Estamos muito orgulhosos de termos conseguido a nos unir com um grande parceiro internacional, em que temos confiança, juntamente com os demais parceiros", disse o diretor.

"Isso nos permite realizar projetos ambiciosos e nos juntar a elite mundial do ciclismo", complementou Spekenbrink, que ainda explicou o significado do novo nome provisório. "1t4i representa os valores principais da equipe. 't' de 'Espírito de Equipe' (Team Spirit, em inglês) e o 'i' representa a 'Inspiração, Integridade, Melhoria e Inovação' (Inspiration, Integrity, Improvement and Innovation)".

"Além disso, a equipe funcionará como embaixadora da organização sem fins lucrativos 'Trees for Travel', que trabalha na redução da emissão de CO2", complementou.
Marcel Kittel, John Degenkolb Alexandre Geniez, Patrick Gretsch e Tom Veelers serão os ciclistas principais da equipe, que se descreve como tendo "um coração francês, coluna alemã e base holandesa". O principal objetivo em 2012 será ter uma boa participação no Tour de France e se tornar ProTour no ano seguinte.

fonte: Velo Nation

UCI divulga calendário WorldTour e AmericaTour 2012

A União Ciclística Internacional divulgou a listagem das competições que farão parte do calendário WorldTour e AmericaTour em 2012. Destaques maiores para o Tour de France e Tour da Polônia que tiveram suas datas "normais" alteradas por causa dos Jogos Olímpicos, e a Vuelta España iniciando na metade de agosto.


Confira a lista completa:
  • 17/01 - 22/01: Tour Down Under
  • 04/03 - 11/03: Paris-Nice
  • 07/03 - 13/03: Tirreno-Adriatico
  • 17/03: Milano-Sanremo
  • 19/03: Volta a Catalunya
  • 23/03: E3 Prijs Vlaanderen-Herelbeke
  • 25/03: Gent-Wevelgem
  • 01/04:Ronde van Vlaandere / Tour des Flandres
  • 02/04 - 07/04: Vuelta al Pais Vasco
  • 08/04: Paris-Roubaix
  • 15/04: Amstel Gold Race
  • 18/04: Ka Flèche Wallonne
  • 22/04: Liège-Bastogne-Liège
  • 29/04: Tour de Romandie
  • 05/05 - 27/05: Giro d'Italia
  • 03/06 - 10/06: Critérium du Dauphiné
  • 09/06 - 17/06: Tour de Suisse
  • 30/06 - 22/07: Tour de France
  • 10/07 - 16/07: Eneco Tour
  • 14/08: Clasica de San Sebastian
  • 18/08 - 09/09: Vuelta a España
  • 19/08: Vattenfall Cyclassics
  • 26/08: GP Ouest France-Plouay
  • 07/09: GP de Québec
  • 09/09: GP de Montréal
  • 10/10 - 14/10: Tour of Beijing
  • 20/10: II Lombardia

A tabela das provas que contarão pontos internacionais na América também foi divulgada, com destaque para o corte de quatro competições na Venezuela e a ausência da tradicional Vuelta a Colombia. A exclusão do evento colombiano se dá pelo não cumprimento dos padrões UCI de convite para equipes.

O presidente da Federação Colombiana de Ciclismo, Ruben Dario Galeano, admitiu ao site "nuestrociclismo.com", a incapacidade de convidar equipes do nível que era dado a competição. "Nós somos incapazes de cumprir a norma promulgada nos últimos anos, indicando pelo menos cinco equipes estrangeiras e com o valor das premiações", afirmou.

O dirigente ainda explicou como esta situação aconteceu no ano passado. "Nós convidamos oito equipes da Europa e América, mas no final elas decidiram não vir para a Colômbia, afirmando que não estavam interessados em vir a um evento tão difícil quanto o nosso", disse Galeano.

Veja a lista das provas do America Tour 2012:

  • 05/01 - 15/01: Vuelta de Chile (Chile - 2.2)
  • 08/01: Copa América (Brasil - 1.2)
  • 23/01 - 29/01: Tour de San Luis (Argentina - 2.1)
  • 20/02 - 27/02: Vuelta Independencia Nacional (Dominica - 2.2)
  • 21/02 - 26/02: Rutas de América (Uruguai - 2.2)
  • 13/03 - 17/03: Giro do Interior de São Paulo (Brasil - 2.2)
  • 30/03 - 08/04: Vuelta al Uruguay (Uruguai - 2.2)
  • 11/04 - 15/04: Volta Internacional de Gravataí (Brasil - 2.2)
  • 18/04 - 22/04: Tour de Santa Catarina (Brasil - 2.2)
  • 03/05: Campeonato Panamericano - Contrarrelógio Individual (Argentina)
  • 06/05: Campeonato Panamericano - Estrada (Argentina)
  • 13/05 - 20/05: Tour of California (EUA - 2.HC)
  • 30/05 - 03/06: Volta do Paraná (Brasil - 2.2)
  • 31/05 - 03/06: Coupe des Nations Ville Saguenay (Canadá - 1.CN)
  • 03/06: TD Bank International Cycling Championship (EUA - 1.HC)
  • 12/06 - 17/06: Tour de Beauce (Canadá - 2.2)
  • 25/07 - 29/07: Tour do Rio (Brasil - 2.2)
  • 03/08 - 05/08: Tour of Elk  Grove (EUA - 2.1)
  • 07/08 - 12/08: Tour of Utah (EUA - 2.1)
  • 20/08 - 26/08: USA Pro Cycling Challenge (EUA - 2.HC)
  • 15/09: Univest GP (EUA - 1.2)
  • 02/10: Tobago Classic (Trinindad e Tobago - 1.2)
  • 16/10 - 23/10: Tour do Brasil - Volta Internacional de São Paulo (Brasil - 2.2)
  • 23/10 - 01/11: Vuelta a Guatemala (Guatemala - 2.2)
  • 06/11 - 28/11: Vuelta a Bolivia (Bolívia - 2.2)
  • 16/12 - 28/12: Vuelta a Costa Rica (Costa Rica - 2.2)

terça-feira, 27 de setembro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Campeonato Mundial: Foto da competição (2)

O dia que a ciclofaixa foi pequena para tantas bikes. Foto: Bettini/Cycling News

Campeonato Mundial: Foto da competição (1)

Todos os continentes em um único lugar para celebrar o ciclismo. Foto: Bettini/Cycling News

"Sempre disse que não era favorito neste percurso", explica Philippe Gilbert sobre desempenho no Mundial

Gilbert terminou na discreta 17ª colocação. Foto: Steephill/Sirotti
Apelidado de "rei das clássicas", Philippe Gilbert (Bélgica) teve uma participação discreta no Mundial disputado neste domingo (25) na capital dinamarquesa, Copenhagen. Com apenas a 17ª colocação, Gilbert foi nada combativo durante toda a prova, fugindo de suas características que o fizeram ficar famoso por ganhar as competições de um dia. O melhor ciclista da Bélgica foi Jurgen Roelandts, finalizando na quinta colocação.

"Sempre disse que não era favorito neste percurso, o que acabou se confirmando", disse o belga ao jornal La Dernière Heure.

"Queriamos fazer uma corrida disputada, mas os britânicos e os alemães mantiveram as coisas sob controle. Eu percebi que era impossível fugir e assim disse ao Jurgen (Roelandts) para tentar a sorte. Talvez fosse necessário correr juntos para conseguir um resultado um pouco melhor. Seu quinto lugar não foi ruim, mas poderiamos ter feito melhor", declarou.
Roelandts soube ser realista após a prova e disse que não dava para ganhar com Mark Cavendish, Matthew Goss e Andre Greipel na disputa, mas reconheceu que seu resultado poderia ser melhor.
"O final foi caótico, quase cai duas vezes. Apesar de ter conseguido voltar e me encaixar na roda de Cavendish, mas depois Goss me bloqueou e tive de diminuir o ritmo e diminuir uma marcha, o que me custou a chance de uma medalha", lamentou.

Finalizando, o quinto melhor ciclista do Mundial reconheceu o trabalho da Grã Bretanha e os felicitou. "Só posso parabenizar a equipe britânica, que fez uma corrida fantástica", disse.

Hushovd diz que estratégia norueguesa o atrapalhou

Hushovd quer apenas um capitão para 2012. Foto: Sirotti/Steephill
Campeão Mundial de 2010, Thor Hushovd foi impedido de defender a camisa arco-íris em Copenhagen, na Dinamarca, neste domingo (25), por causa de um grande acidente que aconteceu na parte de trás do pelotão, aonde ele se encontrava, que obstruiu o percurso e o impediu de brigar na ponta, chegando quase 9 minutos atrás do campeão, Mark Cavendish (Grã Bretanha).

Após a prova, o norueguês criticou a tática de seu time em ter dois capitães para a disputa. Além de Hushovd, Edvald Boasson Hagen também capitaneava a equipe da Noruega. Hagen ficou a frente do acidente e conseguiu escapar sem nenhum problema, assim como Kurt Arvesen e Gabriel Rasch, os outros dois integrantes, também escaparam do corte no pelotão e não voltaram para ajudar Hushovd, ficando com Boasson Hagen.

"Nós deveriamos ter apenas um capitão no ano que vem. Isso ficou claro. Será mais fácil para todos assim", declarou o ex-campeão do mundo ao site norueguês "VG". Com a comunicação por rádio proibida durante a prova, Hushovd preferiu não culpar os gregários pro não o ajudar. "Eles não sabiam o que tinha acontecido, por isso não posso criticar o Gabriel e o Kurt", declarou.
Arvesen teve de tomar a decisão de ajudar ou não seu companheiro de equipe que ficou para trás, depois de Rasch ter dito que Thor Hushovd não estava mais no grupo principal por causa do acidente. "Nós consideramos o que deveriamos fazer. Conversei com um comissário e perguntei se o Thor estava muito atrás do grupo. Ele me disse que eram vários minutos. Um só não teria feito a diferença", explicou.

A partir daí todos estavam trabalhando para Boasson Hagen, que havia dito estar se sentindo bem durante a prova e ficou satisfeito com o oitavo lugar no final. "Foi uma verdadeira luta para conseguir me manter a frente nos últimos quilômetros, por isso foi difícil. Consegui me encaixar na roda de Gilbert e do Cancellara, mas foi muito difícil", disse Hagen.

"Esse foi o meu melhor Campeonato Mundial. Tenho muitos mais pela frente", completou o jovem ciclista de apenas 24 anos ganhador de duas etapas do Tour de France 2011.

Campeonato Mundial: Foto do dia (6º dia)

Mark Cavendish exibe orgulhoso sua medalha de ouro do Campeonato Mundial. Foto: reuters/steephill

domingo, 25 de setembro de 2011

Em sua especialidade, Mark Cavendish bate rivais e é campeão Mundial (vídeo)

Cavendish mostra com orgulho a sua conquista. Foto: Bettini


 No encerramento do Campeonato Mundial de Ciclismo de Estrada neste domingo (25), em Copenhagen, na Dinamarca, aconteceu a prova mais esperada da competição. Após 46 anos a Grã Bretanha voltou a ter a camisa arco-íris (Tom Simpson – 1965), com a vitória do super Mark Cavendish, coroando o trabalho intenso de sua equipe desde a primeira pedalada do dia a frente do pelotão.

Em sua especialidade, o sprint, Cav não deu chances para os demais chegou com cerca de uma roda de vantagem para Matt Goss (Austrália), e logo após André Greipel (Alemanha) e Fabian Cancellara (Suíça), que decidiram a medalha no bronze na foto.

Desde o início a Grã Bretanha esteve ditando o ritmo forte com 50 km/h de média na primeira meia hora e sempre neutralizando tentativas de escapadas. Seria impossível manter este passo até o início, e quando a velocidade caiu um pouco mais foi a deixa suficiente para a primeira fuga do dia entrar em ação. Pablo Lastras (Espanha), Anthony Roux (França), Christian Poos (Luxemburgo), Maxim Iglinskiy (Cazaquistão), Oleg Chuzhda (Ucrânia), Robert Kiserlovski (Croácia) e Tanel Kangert (Estónia) chegaram a abrir mais de 8’00’’.

Quando os britânicos, com Steve Cummings e David Millar, voltaram a ditar as coisas no grupo principal, a diferença para os escapados caiu a pouco mais de 4’00’’ após 148 km percorridos, dando margem para um novo ataque. Por volta da 11ª das 19 voltas, foi a vez de Johan Van Summeren e Oliver Kaisen (Bélgica), Yoann Offredo (França), Luca Paolini (Itália) e Simon Clarke (Austrália) saltarem em busca dos fugitivos. 

Acidente impede Hushovd de defender título. Foto: AFP
Americanos e alemães apareciam eventualmente para revezar com os britânicos na ponta do grupo de elite. Com 6 voltas ainda por vir, um grande acidente aconteceu no lado esquerdo da parte inferior do pelotão derrubando vários ciclistas e impedindo com que muitos outros pudessem continuar porque a rua por onde passavam ficou bloqueada. Entre os que foram afetados pelo acidente estavam o campeão Mundial de contra-relógio, Tony Martin, um dos principais gregários de Greipel, e o atual campeão do mundo, Thor Hushovd (Noruega). O noruguês tentou recuperar o tempo perdido junto com Jack Bauer (Nova Zelândia), mas o estrago já estava feito e o norueguês perdia ali a oportunidade de brigar pela manutenção da camisa arco-íris.

O grupo perseguidor alcançou a fuga na marca dos 200 km, fazendo com que França e Bélgica tivessem dois ciclistas cada para tentarem algo diferente. Porém os combativos atletas viram os britânicos acelerando novamente, enquanto Poos voltou ao grupo principal, mantendo a diferença em 2’00’’ e caçando qualquer tentativa de ataque. Algumas equipes mandaram alguns atletas para a cabeça do pelote tentando atrapalhar o trabalho dos tricolores, mas logo a Grã Bretanha voltou a comandar as ações. 

Francês também é vítima do tombo coletivo. Foto: AFP
Entrando na penúltima volta, Roux viu que não teria chances se continuasse no grupo da fuga e atacou, levando consigo a aceleração do pelotão engolindo seus ex-companheiros de escapada. O francês tinha 20’’ de vantagem com 20 km pela frente, e logo também foi neutralizado.

Com Roux fora de ação, Thomas Voeckler (França), Nikki Sorensen (Dinamarca) e Klaas Lodewijk (Bélgica) atacaram. Antes, Voeckler ainda cumprimentou seu companheiro de equipe pelo esforço feito a frente. A nova fuga chegou a ter 18’’ à frente próximo a abertura da derradeira volta. Johnny Hoogerland (Holanda) saltou para se juntar aos desgarrados, mas viu Voeckler não resistir e sobrar. O holandês fez de tudo para puxar os fugitivos, mas com Bradley Wiggins (Grã Bretanha) forçando o passo no pelotão, logo estavam todos reagrupados novamente.

Movimento dos sprinters para o final. Foto: Sirotti/Cycling News
A Austrália, Itália e Alemanha começaram a se encaixar na frente e no momento mais importante da prova a Grã Bretanha não estava tão bem posicionada. Mas o trem de embalada da “terra da rainha” conseguiu se recuperar, com Before Stannard e Geraint Thomas no comando do embalo trazendo Cavendish na roda.

Sem seus gregários à frente, parecia que Cavendish e seu time tinham se precipitado um pouco, mas o ritmo dos demais caiu no último quilômetro. Era que o “rei dos sprinters” queria. Cav conseguiu achar um espaço improvável para iniciar seu explosivo sprint. Goss hesitou por um pequeno momento, o suficiente para o campeão da camisa verde do Tour de France 2011 conquistar seu primeiro título Mundial.

“Tivemos oito dos melhores do mundo e esta é a primeira vez que viemos juntos. Eles foram incríveis. Deram as caras na corrida do começo ao fim e nós ganhamos. Eu não posso acreditar”, disse Cavendish. 

Cavendish vence por uma roda de vantagem. Foto: Bettini/Cycling News
“Sabíamos há três anos, quando o percurso foi divulgado, que poderia ser bom para nós. Fizemos um planejamento em conjunto para vir com o melhor grupo possível para tentar ganhar a camisa arco-íris nesta prova. Todos têm trabalhado arduamente durante a temporada para ganhar pontos para que pudéssemos ter oito ciclistas aqui, e como você acabou de ver, eles foram incríveis. Sinto-me muito orgulhoso”, comemorou o campeão.

Três brasileiros participaram do Mundial, mas não conseguiram ir bem. Rafael Andriato foi o melhor colocado, terminando na 119ª colocação, seguido de Gregory Panizo na 149ª posição e Otavio Bulgarelli, que não completou. Todos foram apanhados pelo acidente que aconteceu durante a prova. Andriato e Panizo, que conseguiram seguir, finalizaram 8’54’’ após o líder.


Confira o vídeo com os melhores momentos:


sábado, 24 de setembro de 2011

Campeonato Mundial: Foto do dia (5º dia)

Ladeira que ciclistas enfrentam na bela capital dinamarquesa. Foto: Sirotti/Cycling News

Na elite, Giorgia Bronzini ganha o bicampeonato Mundial feminino de estrada

Bronzini comemora o bicampeonato. Foto: Bettini/Cycling News


Sempre tradicional, a Itália finalmente apareceu nesta semana do Mundial. Giorgia Bronzini manteve a coroa e conquistou o bicampeonato na prova de elite feminina. A prova foi decidida no sprint, e junto com Bronzini vieram Marianne Vos (Holanda), Ina-Yoko Teutenberg (Alemanha) e Nicole Cooke (Grã Bretanha), mas a italiana foi insuperável e vestirá por mais um ano a camisa arco-íris de campeã do Mundo. 
 
Ciclistas não tiveram pressa durante a prova. Foto: Sirotti/Cycling News
 Ao contrário das demais modalidades, a elite feminina teve pouca movimentação no decorrer das pedaladas com as ciclistas se guardando para o sprint que prometia ser muito forte. Uma série de ataques de sucederam, mas todos sem muitas pretenções e prontamente neutralizados. Uma das que mais se destacou foi Emma Pooley (Grã Bretanha), bronze no contra-relógio, que esteve a frente por diversas vezes, tentando acelerar o pelotão sem que as principais concorrentes do time britânico tivesse de colocar o rosto no vento.

Com três voltas pela frente, a Suécia foi para a cabeça do pelotão, querendo evitar qualquer tentativa de fuga, tendo o auxilio da Rússia. Mas mesmo com o aumento no ritmo, Amber Neben (Estados Unidos) atacou, porém, abriu somente 2’’ de vantagem e foi reincorporada.

O teste de fogo do grupo de elite veio quando Clara Hughes (Canadá) desafiou suas adversárias lançando um ataque corajoso, abrindo 44’’ à frente com duas voltas restantes. Quando as perseguidoras estavam a 10’’ da canadense foi a vez de Linda Villumsen (Nova Zelândia) tentar a sorte saltando, sabendo que não teria chances com tantas sprinters.

Quando a neozelandesa foi capturada, com 3 km para o final, foi a vez das equipes se armarem para o final em sprint. Enquanto a Holanda fazia um trabalho pesado, a Grã Bretanha aparecia encaixada na roda. Um acidente no final não teve como vítima nenhuma das favoritas, porém atrapalhou o trem de embalada holandês, mas mesmo assim três atletas continuaram para ajudar Marianne Vos.

O trem italiano foi mais eficiente e trouxe Bronzini com ótimas condições para assegurar o título e ela não decepcionou. Mesmo trazendo na bagagem a medalha dourada em 2010, a italiana não se considerava uma das favoritas a conquista.

Vos não esconde sua frustração com a medalha de prata. Foto: AFP
“Eu acreditava em um podium na prova, mas achei que vestir novamente a camisa arco-íris seria impossível porque minha temporada vem sendo abaixo do esperado, mas talvez, quando eu visto a camisa italiana alguma coisa acontece comigo e me dá mais energia”, disse a bicampeã.

A competição teve a presença de três brasileiras, que tiveram participações discretas. Flávia Oliveira foi quem teve a melhor performance e terminou entre as 50 melhores, na 48ª colocação, 11’’ após a vencedora. As outras duas, Márcia Fernandes Silva e Lucienne Ferreira Silva não completaram a prova.





Pierre-Henri Lecuisinier conquista Mundial masculino junior e dá segundo título em dois dias para a França

Equipe francesa comemora mais um título. Foto: Bettini/Cycling News

 
Abrindo os trabalhos no penúltimo dia de competições do Mundial de Estrada, em Copenhagen, na Dinamarca, aconteceu a prova masculina junior. Assim como na sub-23 nesta sexta-feira (23), o campeão veio da França. Pierre-Henri Lecuisinier bateu no sprint Martijn Degreve (Bélgica) e Steven Lammertink (Holanda), depois de 2hs48’58’’ de pedaladas pelos 126 km da linha de largada a de chegada.

Como era esperado nesta categoria, a prova foi movimentada desde o início, junto com essa agressividade a França se destacou. Quatro de seus ciclistas estavam na fuga inicial que contava com a participação de 13 atletas. Embora não tenha durado muito, a escapada serviu como preparação para Aléxis Gougeard (França) e Daan Myngheer (Bélgica) saltarem.

A dupla abriu 40’’, e mesmo com os constantes ataques no pelotão se mantiveram na cabeça da prova. Porém com o grupo principal mais organizado e trabalhando junto para colocar um maior ritmo, a escapada acabou não resistindo e foi neutralizada na sétima volta.

Com o fim da fuga, não faltaram atletas combativos a se lançarem em uma nova escapada. Após uma série de ataques, se formou um grupo de 25 atletas na liderança, com ciclistas como o britânico Matthew Holmes e o australiano Calvin Watson. Na penúltima volta dois atletas da França, Bélgica e Holanda saltaram da fuga formando aquele que seria o grupo que decidiria o vencedor.

Os italianos, com o campeão europeu junior, Alberto Bettiol, e os britânicos tentaram acelerar o passo, mas não conseguiram, e o sexteto chegou a abrir 40’’ de vantagem. A tarefa dos perseguidores, que já era difícil, ficou ainda mais complicada quando um acidente com um ciclista alemão na cabeça do pelote fez um strike derrubando 15 outros atletas. 
 
Acidente tira alguns atletas da prova. Foto: Sirotti/Cycling News
Rob Leemans foi o primeiro a lançar sua investida de vitória, conseguindo até a abrir um pouco, porém, a ligeira inclinação na parte final fez com que o belga perdesse rendimento e fosse ultrapassado.

Os demais também começaram o movimento de sprint para não serem apanhados pelo feroz pelotão que vinha logo atrás, e Steven Lammertinik começou com sua explosão final, porém não aguentou até o fim. Percebendo o momento de fraqueza de seu adversário, Lecuisinier fez seu ataque derradeiro, abrindo uma razoável vantagem e cruzou a linha de chegada na frente, somando o segundo triunfo francês em dois dias no Mundial.

O grande campeão fez o agradecimento a sua equipe após a conquista. “Foi um dia muito bom para mim, estou muito feliz. Quero agradecer toda equipe francesa, que fez um trabalho excelente para que eu pudesse vencer”, disse o radiante Lecuisinier.