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Cavendish mostra com orgulho a sua conquista. Foto: Bettini |
No encerramento do Campeonato Mundial de Ciclismo de Estrada neste domingo (25), em Copenhagen, na Dinamarca, aconteceu a prova mais esperada da competição. Após 46 anos a Grã Bretanha voltou a ter a camisa arco-íris (Tom Simpson – 1965), com a vitória do super Mark Cavendish, coroando o trabalho intenso de sua equipe desde a primeira pedalada do dia a frente do pelotão.
Em sua especialidade, o sprint, Cav não deu chances para os demais chegou com cerca de uma roda de vantagem para Matt Goss (Austrália), e logo após André Greipel (Alemanha) e Fabian Cancellara (Suíça), que decidiram a medalha no bronze na foto.
Desde o início a Grã Bretanha esteve ditando o ritmo forte com 50 km/h de média na primeira meia hora e sempre neutralizando tentativas de escapadas. Seria impossível manter este passo até o início, e quando a velocidade caiu um pouco mais foi a deixa suficiente para a primeira fuga do dia entrar em ação. Pablo Lastras (Espanha), Anthony Roux (França), Christian Poos (Luxemburgo), Maxim Iglinskiy (Cazaquistão), Oleg Chuzhda (Ucrânia), Robert Kiserlovski (Croácia) e Tanel Kangert (Estónia) chegaram a abrir mais de 8’00’’.
Quando os britânicos, com Steve Cummings e David Millar, voltaram a ditar as coisas no grupo principal, a diferença para os escapados caiu a pouco mais de 4’00’’ após 148 km percorridos, dando margem para um novo ataque. Por volta da 11ª das 19 voltas, foi a vez de Johan Van Summeren e Oliver Kaisen (Bélgica), Yoann Offredo (França), Luca Paolini (Itália) e Simon Clarke (Austrália) saltarem em busca dos fugitivos.
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Acidente impede Hushovd de defender título. Foto: AFP |
Americanos e alemães apareciam eventualmente para revezar com os britânicos na ponta do grupo de elite. Com 6 voltas ainda por vir, um grande acidente aconteceu no lado esquerdo da parte inferior do pelotão derrubando vários ciclistas e impedindo com que muitos outros pudessem continuar porque a rua por onde passavam ficou bloqueada. Entre os que foram afetados pelo acidente estavam o campeão Mundial de contra-relógio, Tony Martin, um dos principais gregários de Greipel, e o atual campeão do mundo, Thor Hushovd (Noruega). O noruguês tentou recuperar o tempo perdido junto com Jack Bauer (Nova Zelândia), mas o estrago já estava feito e o norueguês perdia ali a oportunidade de brigar pela manutenção da camisa arco-íris.
O grupo perseguidor alcançou a fuga na marca dos 200 km, fazendo com que França e Bélgica tivessem dois ciclistas cada para tentarem algo diferente. Porém os combativos atletas viram os britânicos acelerando novamente, enquanto Poos voltou ao grupo principal, mantendo a diferença em 2’00’’ e caçando qualquer tentativa de ataque. Algumas equipes mandaram alguns atletas para a cabeça do pelote tentando atrapalhar o trabalho dos tricolores, mas logo a Grã Bretanha voltou a comandar as ações.
O grupo perseguidor alcançou a fuga na marca dos 200 km, fazendo com que França e Bélgica tivessem dois ciclistas cada para tentarem algo diferente. Porém os combativos atletas viram os britânicos acelerando novamente, enquanto Poos voltou ao grupo principal, mantendo a diferença em 2’00’’ e caçando qualquer tentativa de ataque. Algumas equipes mandaram alguns atletas para a cabeça do pelote tentando atrapalhar o trabalho dos tricolores, mas logo a Grã Bretanha voltou a comandar as ações.
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Francês também é vítima do tombo coletivo. Foto: AFP |
Entrando na penúltima volta, Roux viu que não teria chances se continuasse no grupo da fuga e atacou, levando consigo a aceleração do pelotão engolindo seus ex-companheiros de escapada. O francês tinha 20’’ de vantagem com 20 km pela frente, e logo também foi neutralizado.
Com Roux fora de ação, Thomas Voeckler (França), Nikki Sorensen (Dinamarca) e Klaas Lodewijk (Bélgica) atacaram. Antes, Voeckler ainda cumprimentou seu companheiro de equipe pelo esforço feito a frente. A nova fuga chegou a ter 18’’ à frente próximo a abertura da derradeira volta. Johnny Hoogerland (Holanda) saltou para se juntar aos desgarrados, mas viu Voeckler não resistir e sobrar. O holandês fez de tudo para puxar os fugitivos, mas com Bradley Wiggins (Grã Bretanha) forçando o passo no pelotão, logo estavam todos reagrupados novamente.
Com Roux fora de ação, Thomas Voeckler (França), Nikki Sorensen (Dinamarca) e Klaas Lodewijk (Bélgica) atacaram. Antes, Voeckler ainda cumprimentou seu companheiro de equipe pelo esforço feito a frente. A nova fuga chegou a ter 18’’ à frente próximo a abertura da derradeira volta. Johnny Hoogerland (Holanda) saltou para se juntar aos desgarrados, mas viu Voeckler não resistir e sobrar. O holandês fez de tudo para puxar os fugitivos, mas com Bradley Wiggins (Grã Bretanha) forçando o passo no pelotão, logo estavam todos reagrupados novamente.
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Movimento dos sprinters para o final. Foto: Sirotti/Cycling News |
A Austrália, Itália e Alemanha começaram a se encaixar na frente e no momento mais importante da prova a Grã Bretanha não estava tão bem posicionada. Mas o trem de embalada da “terra da rainha” conseguiu se recuperar, com Before Stannard e Geraint Thomas no comando do embalo trazendo Cavendish na roda.
Sem seus gregários à frente, parecia que Cavendish e seu time tinham se precipitado um pouco, mas o ritmo dos demais caiu no último quilômetro. Era que o “rei dos sprinters” queria. Cav conseguiu achar um espaço improvável para iniciar seu explosivo sprint. Goss hesitou por um pequeno momento, o suficiente para o campeão da camisa verde do Tour de France 2011 conquistar seu primeiro título Mundial.
“Tivemos oito dos melhores do mundo e esta é a primeira vez que viemos juntos. Eles foram incríveis. Deram as caras na corrida do começo ao fim e nós ganhamos. Eu não posso acreditar”, disse Cavendish.
Sem seus gregários à frente, parecia que Cavendish e seu time tinham se precipitado um pouco, mas o ritmo dos demais caiu no último quilômetro. Era que o “rei dos sprinters” queria. Cav conseguiu achar um espaço improvável para iniciar seu explosivo sprint. Goss hesitou por um pequeno momento, o suficiente para o campeão da camisa verde do Tour de France 2011 conquistar seu primeiro título Mundial.
“Tivemos oito dos melhores do mundo e esta é a primeira vez que viemos juntos. Eles foram incríveis. Deram as caras na corrida do começo ao fim e nós ganhamos. Eu não posso acreditar”, disse Cavendish.
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Cavendish vence por uma roda de vantagem. Foto: Bettini/Cycling News |
“Sabíamos há três anos, quando o percurso foi divulgado, que poderia ser bom para nós. Fizemos um planejamento em conjunto para vir com o melhor grupo possível para tentar ganhar a camisa arco-íris nesta prova. Todos têm trabalhado arduamente durante a temporada para ganhar pontos para que pudéssemos ter oito ciclistas aqui, e como você acabou de ver, eles foram incríveis. Sinto-me muito orgulhoso”, comemorou o campeão.
Três brasileiros participaram do Mundial, mas não conseguiram ir bem. Rafael Andriato foi o melhor colocado, terminando na 119ª colocação, seguido de Gregory Panizo na 149ª posição e Otavio Bulgarelli, que não completou. Todos foram apanhados pelo acidente que aconteceu durante a prova. Andriato e Panizo, que conseguiram seguir, finalizaram 8’54’’ após o líder.


Confira o vídeo com os melhores momentos:

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