segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Rasmussen admite erros e explica porque faltou aos testes anti-doping

Rasmussen tentará absolvição e explica como aconteceu. Foto: Feltet
Após ter sido suspenso temporariamente pela Confederação Dinamarquesa de Ciclismo por ter faltado três testes anti-doping fora de competição, Alex Rasmussen veio a público se explicar e admitiu "desleixos", segundo suas palavras, que acabaram culminando nesta situação que pode fazê-lo ficar fora de ação por dois anos e perder seu lugar na Garmin-Cervélo para 2012.

O atleta de 27 anos explicou o que ocorreu para que não estivesse presente nos testes marcados ao jornal de seu país, Ekstra Bladet.

Em fevereiro de 2010 aconteceu a primeira falha e ele não estava no local aonde havia dito que estaria para o controle, mas se encontrava na Corrida dos Seis Dias, em Berlim.

"Eu tinha concluído o meu paradeiro e escrevi o nome do nosso hotel em Berlim. Infelizmente eu esqueci de apertar o botão "enviar" no computador e a atualização nunca chegou as autoridades anti-dopagem", disse o atleta que foi submetido a um teste de doping da UCI (União Ciclística Internacional) na Corrida dos Seis Dias. "Eu expliquei a eles depois e realmente pensei que o o aviso tinha sido cancelado, mas não foi", explicou.

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A segunda notificação da Agência Anti-Doping da Dinamarca foi emitida oito meses depois por não dizer onde estaria no terceiro trimestre de 2010. "Não há muito o que dizer sobre isso, não pode ser explicado. Eu simplesmente esqueci e não fiz o formulário a tempo. Eu a aceitei a notificação, mas ainda acreditava que o primeiro havia sido anulado. Nessa época eu tinha dois avisos, mas pensava que só tinha um."

No dia 28 de abril deste ano o dinamarquês disse que estaria em sua casa, em Girona, na Espanha, mas teve de fazer uma viagem para a Dinamarca para o nascimento de sua irmã e não mudou sua declaração sobre seu paradeiro. Os comissários da UCI foram até a Espanha para fazer o controle no atleta, mas ele não se encontrava.

"Apenas após o nascimento de minha irmã me disseram que os comissários foram até minha casa. Eu sabia que era loucura, mas eu tentei explicar para mim mesmo. Sabia que iria receber uma notificação. Eu ainda pensava que seria apenas o segundo aviso. Só quando recebi uma carta no dia 18 de agosto fiquei sabendo que era o terceiro, e foi um grande choque para mim".

Rasmussen tentará convencer ao Comitê Disciplinar Dinamarquês que não tentou evitar os testes, e recebeu o apoio dos companheiros de HTC-Highroad e vários colegas, que confirmaram a sua falta de organização.

A UCI e Confederações pelo mundo inteiro exigem de tempos em tempos que os ciclistas que não estão em alguma competição oficial relatem a sua localização exata em um dia estipulado pelas entidades para que se faça um teste de doping "surpresa". Caso um atleta falte três destes exames é considerado como doping positivo.

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