Chegamos ao penúltimo dia de competições da Vuelta España 2011, com a derradeira oportunidade dos ciclistas buscarem os prêmios de montanha. Com 185 km entre Bilbao e Vitoria, o estágio teve quatro metas de montanha, sendo duas de categoria 1 (Alto de Elosua - km 64,3 e Puerto de Urkiola - km 138,6), uma de categoria 2 (Alto de Karabieta - km 47,8) e uma de categoria 3 (Alto de Kanpazar - km 112).
As metas volante estiveram em Eibar (km 41) e em Elorrio (km 119,2). Antes das montanhas, a primeira, o que poderia proporcionar um ataque dos líderes e dos postulantes a camisa verde.
Com uma etapa montanhosa, apesar de não acabar no alto, proporcionou uma das últimas oportunidades de vitória para alguns ciclistas, e com isso, uma grande fuga com 23 atletas formada por Damiano Caruso (Liquigas-Cannondale), Nicolas Roche e Lloyd Mondory (AG2R), Jose Vicente Toribio (Andalucia-Caja Granada), Greg Van Avermaet (BMC), Inaki Isasi Flores e Amets Txurruka (Euskaltel-Euskadi), Leigh Howard (HTC-Highroad), Vladimir Karpets, Eduard Vorganov, Matteo Carrara e Luca Paolini (Vacansoleil-DCM), Marco Marzano, Righi Daniele e Mori Manuele (Lampre-ISD), Daniele Benatti (Leopard-Trek), Pablo Lastras (Movistar), Jan Bakelants e Kristof Vandewalle (Omega Pharma-Lotto), Robert Kiserlovski (Astana), Calos Barredo e Steve Kruijswijk (Rabobank) Jarolaw Marycz e Nick Nuyens (Saxo Bank-Sungard), Koen de Kort (Skil-Shimano) e Christophe Le Mevel (Garmin-Cervélo).
Na marca dos 99 km para o final 20 atletas seguiam escapados com uma vantagem de 4'10'', mas esse número caiu para 1'27'' com 70 km pela frente. Os atletas cansados por três semanas muito desgastantes na Espanha estavam apenas esperando a chegada do grupo principal, que continuava a acelerar e diminuir a desvantagem, chegando a menos de 1'00'' na marca dos 55 km restantes.
Durante a escalada do Urkiola essa vantagem foi caindo e chegou aos 36'' faltando 52 km. Foi quando Barredo percebeu que a escapada não teria sucesso e saltou, abrindo até 53'' na dura montanha de categoria 1, com até 15% de inclinação em alguns trechos. O espanhol chegou a ter de 1'13'' nos quilômetros seguintes, para o pelotão, mostrando que o pelote se guardava para a chegada.
Um grupo com Kruijswijk, Kiserlovski, Le Mevel, Roche, Caruso e Txrruka se formou, saindo dos antigos companheiros de fuga de Barredo, para perseguir o atleta da Rabobank. Enquanto isso o grupo de elite voltou a colocar um ritmo mais forte, com a Leopard-Trek no comando, e neutralizou os perseguidores com exatos 30 km para a linha de chegada.
O espanhol, no entanto, foi pego por seu conterrâneo, Carlos Sastre (Geox-TMC), com 15 km restantes, e seguiram juntos. A dupla teve 31'' de distância para o grupo principal, mas alguns quilômetros mais tarde Sastre seguiu sozinha na cabeça da prova percebendo a falta de pernas de Barredo. O companheiro de equipe do camisa vermelha acabou sendo reincorporado na marca dos 3 km restantes.
Foi à vez da Leopard-Trek montar o trem de embalada para Benatti mais uma vez, sem Fabian Cancellara, que abandonou a Vuelta para se preparar para o Mundial. O italiano, que estava na fuga inicial, se aproveitou do terreno bem plano no final e conquistou a vitória no sprint final, sem adversários.
Juan Jose Cobo (Geox-TMC) manteve sua camisa por mais um dia, e provavelmente verá seu rival, Christopher Froome briga como louco pelas metas volante do último estágio. A camisa verde segue com "Purito" Rodriguez (Katusha), mas empatado com Bauke Mollema (Rabobank) em 115 pontos. Ao final do último dia de montanhas, David Moncoutié manteve a camisa branca de bolinhas azuis e é o rei das montanhas na Vuelta pela 4ª vez em 5 anos. Na combinada, Cobo segue soberano 7 pontos a frente de Froome.
A próxima etapa será a derradeira nesta edição e coroará o grande campeão. O circuito plano montado nas ruas de Paris de 95,6 km e duas metas volante para a briga por bonificações, tanto na camisa vermelha como na vermelha.
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