Alexander Vinokourov quer competir em 2012 e dispara contra diretores da Astana

Vinokourov quer voltar na Volta a Lombardia. Foto: Getty Images

O cazaque Alexander Vinokourov disse estar pronto para competir em 2012 para ajudar a Astana a continuar como equipe Pro Tour e aproveitou para acusar alguns diretores do time de quererem se livrar do veterano ciclista.

Com 38 anos completados na última sexta-feira (16), Vinokourov voltou a treinar na estrada pela primeira vez na semana passada após o grave acidente que sofreu durante o Tour de France em que levou um tombo e desceu uma pequena ladeira cheia de árvores, resultando em uma fratura no fêmur.

No dia 17 de julho Vino chegou a anunciar sua aposentadoria e mais tarde, com sua boa recuperação, disse que iria correr na Volta a Lombardia. Mas agora o experiente atleta pretende continuar mais um ano em atividade motivado por rixas internas com diretores na equipe.

"Eu estou voltando para dizer que sou um lutador. Não sou alguém que desiste facilmente.", disse ao jornal L'Equipe. "Eu criei a equipe Astana em 2006 com o governo do meu país, mas senti desde o meu acidente no Tour que algumas pessoas têm apenas uma idéia na cabeça: me tirar do caminho. Descobri muitas coisas desde julho. Não tive nenhuma visita dos novos gestores da equipe durante a minha recuperação, só meus verdadeiros amigos ficaram comigo", disparou ao periódico francês.

Segundo Vinokourov, os gestores da Astana haviam dito a UCI (União Ciclística Internacional) que seu contrato havia sido rescindido. O atleta, que é muito importante para o time se manter na posição atual pelos seus pontos no ranking UCI em 2010 e 2011, desmentiu os diretores e está pronto para correr na próxima temporada, tendo os Jogos Olímpicos como meta, talvez.

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• Veja o acidente que causou a fratura do fêmur de Vinokourov

"Quero apenas salvar a equipe Astana [...] Os funcionários próximos ao governo me disseram que estou com um cargo de gestor garantido. Há um potencial muito grande no Cazaquistão. Mas o que vem acontecendo na equipes nas últimas semanas tem me preocupado. A imagem foi muito arranhada por algumas pessoas que pensam que podem administrar uma equipe de ciclismo só porque possuem um diploma universitário e sem experiência"

"Eu quero ajudar a Astana ficar no World Tour. Os novos gestores não entendem o básico das regras: os pontos UCI. Aqueles que querem se livrar de mim não sabem o que a equipe iria perder sem meus pontos. Sem esses pontos a equipe se tornaria Pro-Continental, até porque não assinaram com ninguém mais para 2012", declarou.