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Juan Jose Cobo está finalmente vestido de vermelho em Madrid. Foto: Bettini/Cycling News |
Cobo não era um dos favoritos a conquista, nem mesmo na sua equipe, que conta com os renomados Carlos Sastre e Denis Menchov, mas mostrou muita força e competência ao se manter junto com o grupo dos líderes na classificação geral durante toda a competição, atacando para assumir pela primeira vez a camisa vermelha durante a complicadíssima escalada do Angliru, na 15ª etapa. Naquela altura o líder na geral era o campeão britânico, Bradley Wiggins, 7'' à frente de seu companheiro de equipe, Froome, 36'' de Bauke Mollema (Rabobank) e 55'' de Cobo. O atleta da Geox-TMC mostrou determinação ao vencer o estágio, colocando uma vantagem que lhe dava a honra de vestir "la roja".
Porém, a liderança esteve em perigo quando Froome decidiu dar tudo de si no último dia que tinha a chegada no alto, na complicada subida de Peña Cabarga, na 17ª etapa. Parecia que o britânico iria retomar a liderança ou tirar muito sua desvantagem, mas heróico, Cobo Acebo se recuperou e chegou junto com o atleta da SKY, perdendo alguns segundos na bonificação, mas nada demais.
A partir daí Froome não teve mais pernas para tentar algo que realmente fosse dar efeito prático, e quando tentou alguma coisa, como na 19ª etapa, foi sempre seguido de perto pelo vermelho da camisa daquele que viria a ser o campeão da Vuelta mais dura dos últimos tempos, com montanhas do início ao fim e sem muitas oportunidades para os sprinters.
Além da vitória na Vuelta, Juanjo, como é conhecido, é um vitorioso na vida. O campeão da Vuelta lutou contra a depressão por 18 meses e quase largou o esporte no início do ano.
"A melhor terapia para mim era vir para o Vuelta sem pressão sobre meus ombros e apenas tentar fazer o meu melhor. Peguei a camisa vermelha no topo do Angliru. Foi estressante, mas eu gosto de estar na liderança", declarou Cobo.
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