segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Entrevista com Alberto Contador ao site da Vuelta España

Alberto Contador acompanha a Vuelta in loco. Foto: Steephill/Reuters
Durante a 13ª etapa da Vuelta España 2011, no dia 02 de setembro, o espanhol Alberto Contador resolveu aparecer, e aproveitou para ver o estágio no carro da organização, e por fim, entregou a camisa verde a Joaquin "Purito" Rodriguez ao final.

O campeão do Giro d'Italia 2011 concedeu uma entrevista ao site oficial da Vuelta, e iremos reproduzir aqui. Lembrando, novamente, que a entrevista foi dada antes da etapa do Angliru, e quando Bradley Wiggins era líder na classificação geral com apenas 4'' de vantagem para Vicenzo Nibali. Vamos ver se o "pistoleiro" é bom de palpite:

Ao vir visitar a Vuelta não te dá uma vontade de estar correndo com os outros?
Sim, mas dei-me um tempo para relaxar e descansar, mas quando vejo isso aqui me dá vontade de montar na bicicleta.


Como você vê a situação da Vuelta?
Eu vejo muito equilibrada. Acho que vai haver corredores que terão de atacar, especialmente Joaquin Rodriguez. Para mim, Nibali é o que tem mais chances de ganhar. Mais cedo ou mais tarde Wiggins perderá um pouco de tempo. Lembro perfeitamente que no Zoncolan Nibali subiu de uma forma incrível.


Como é o Angliru? A última vez que a Vuelta passou por lá você foi o vencedor, o que pode acontecer alí?
Não existe grandes diferenças, mas se estiver em um dia ruim pode perder todas as possibilidades de ganhar a Vuelta. Será um dia aonde não se pode falhar. Vai fazer bem para Joaquin Rodriguez. Será interessante de ser ver a etapa.


Se parece com o Zoncolan?
Algumas rampas sim, mas menos constantes do que o Zoncolan. No Angliru se tem alguns trechos de falsos plano, mas te faz perder o ritmo. Isso favorece a escaladores puros, como Joaquin Rodriguez, mas no âmbito geral acho que é mais duro que o Zoncolan.

Que recordações você tem de sua vitória no Angliru?
Muito boas. Fomos todo o dia muito rápido porque tinhamos a intenção de ganhar a etapa. Seu nome alí é muito importante. Sobraram na frente quatro corredores: Leipheimer, Valverde, Joaquin Rodriguez e eu. No final Leipheimer sobrou. Ficaram eu, Valverde e Joaquin no último momento. Saltei e abri mais de 40 segundos que me vieram muito bem, junto com a bonificação, para conseguir a vitória.

Quem pode ser o maior rival de Nibali?
Ele mesmo. É um corredor muito sólido. Já sabe o que é ganhar esta corrida, ganhou o Giro e foi muito bem no Tour em 2009.


Como analisa Joaquin Rodriguez?
Purito está fazendo uma corrida muito boa, está dando cor a Vuelta. Dani Moreno tem um nível muito bom. Agora falta um para ser líder, mas a competição pode mudar.

Acha que falta um espanhol para ganhar?
Não. Existem muitos corredores em alto nível que estão fazendo um bonito espetáculo. Porque não estou aqui não significa que a Vuelta vai ser pior.

Qual a sua programação para esses últimos meses do ano?
Sigo treinando. Estou há um tempo sem competir e não quero perder a forma, mesmo sem ter nenhuma prova programada. Penso no ano que vem, em fazer um bom começo de temporada com corridas importantes e me concentrar no Tour. Depois, quem sabe, correr na Vuelta.

Do que depende sua participação na Vuelta?
Vai depender do desgaste que estiver acumulado de todo o ano. Sou um ciclistas que gosta de disputar cada competição que tiver. Isso desgasta bastante no início da temporada, mesmo sem grandes voltas e condiciona o rendimento. É importante ver como acabo o Tour.

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