A 2ªetapa com acabamento em alta montanha, e 9ª no geral, da Vuelta España teve 183 km entre Villacastín e Sierra de Béjar. La Covatilla, na região de Salamanca. No percurso, duas montanhas. A primeira, de categoria 3 (Puerto de la Cruz de Hierro) , esteve logo no começo, no km 8,6, já a última seria na chegada, na Sierra de Béjar. La Covatilla, fora de categoria. Com 18,2 km de extensão, a derradeira escalada do dia teve 5% de inclinação média, mas com pontos que chegaram a quase 14%.
As metas volante estiveram no km 136, na cidade de Guijuelo, enquanto o segundo ponto intermediário esteve no km 164,8, no pés da montanha, em Béjar.
Os primeiros atletas a terem sucesso na tentativa de escapar do pelotão foram Sebastian Lang (Omega Pharma-Lotto), Jose Vicente Toribio (Andalucia-Caja Granada), Pim Ligthart e Martijin Keizer (Vacansoleil-DCM), que atacaram durante o Puerto de la Cruz de Hierro. Com 80 km de prova, a fuga chegou a abrir 9'00'' a frente, aproveitando-se da preguiça do grupo de elite.
Com 105 km percorridos, Toribio e Keizer não conseguiram acompanhar o ritmo dos demais, acabando sobrados, e mais tarde capturados pelo pelote.
Já na escalada a Sierra de Béjar. La Covatilla, o alemão Lang tem a informação do aperto no passo do pelotão, e ataca, se tornando o único líder na prova. Mas a resistência do atleta da Omega Pharma-Lotto chegou ao limite nos trechos duríssimos da subida, com até 14% de inclinação.
Com a fuga neutralizada, a combativa Cofidis lançou um novo ataque nos últimos 6 km, novamente com Rein Taaramae. A cabeça do pelotão também foi selecionado durante a derradeira montanha, com os favoritos se marcando. Michele Scarponi (Lampre-ISD) respondeu ao ataque do estoniano obrigando alguns de seus rivais a fazerem o mesmo
Mais uma vez decepcionante foi o basco Igor Anton. Apesar do lampejo de que poderia voltar a boa forma na última etapa, o capitão da Euskaltel-Euskadi acabou sobrando novamente do grupo dos principais favoritos ao título. Outro que acabou sobrando, até mesmo de forma surpreendente, foi o camisa vermelha, Joaquin Rodriguez (Katusha), levando um bom tempo.
Novos escapadas se sucederam, dentre elas a de Daniel Martin (Garmin-Cervélo) e seu primo, Nicolas Roche (AG2R), trabalhando juntos até quando o atleta da equipe francesa não conseguiu acompanhar Martin. O irlandês da Garmin-Cervélo alcançou Vicenzo Nibali (Liquigas-Cannondale), que também havia lançado um ataque, e trabalharam juntos.
Christopher Froome levou o capitão de sua equipe, Bradley Wiggins junto a cabeça da prova. Jurgen Van Den Broeck (Omega Pharma-Lotto), Juan Jose Cobo (Geox-TMC) e Bauke Mollema (Rabobank) se juntaram ao grupo para o final.
Surpreendendo a todos, Daniel Martin saltou do grupo e foi perseguido por Mollema, e em um sprint entre os dois, a vitória ficou com o irlandês, que conquistou sua primeira vitória em uma grande volta. Mas o grande ganhador do dia doi Mollema. O holandês chegou 50'' a frente de "Purito" Rodriguez, e com o bônus de ter sido segundo colocado, faturou a camisa vermelha, de líder no geral, com 1'' de vantagem para o espanhol.
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