segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Ricardo Mestre é campeão da Volta a Portugal 2011


O português Ricardo Mestre (Tavira-Prio) conquistou na segunda-feira (15/08) a 73ª edição da Volta a Portugal após doze dias nas estradas portuguesas, dez etapas, um prólogo e um dia de descanso. O título de Mestre quebra uma sequência de seis vitórias consecutivas espanholas (quatro de David Blanco e uma de Xavier Tondo) e derrubou um tabu. Desde 2003, quando Nuno Ribeiro esteve com a camisa amarela na última etapa, nenhum português havia ganho a maior competição do ciclismo de Portugal.

A Volta teve quatro ciclistas diferentes vestindo a camisa amrela durante as dez etapas e o prólogo. Hugo Sabido (LA-Antarte) dominou o prólogo e saiu de Fafe com o fardamento amarelo. Com a chegada da primeira etapa de estrada entre Trofa e Oliveira do Bairro, os sprinters entraram em ação e Sérgio Ribeiro (Barbot-Efapel) tomou a camisa mais importante da competição para si. No terceiro estágio, Hernâni Broco (LA-Antarte) conseguiu se desgrudar dos principais líderes e se tornou o novo líder no geral. Mas a alegria de Broco durou apenas dois dias. Na quinta etapa Sérgio Ribeiro não venceu, mas ficou em segundo, no mesmo tempo do rival, porém com as bonificações conseguiu recuperar o primeiro posto no geral.

Com a chegada do contra-relógio individual de Sabugal a Guarda,  era previsível que Ribeiro perdesse alí a sua camisa, o próprio admitia, restava saber quem a iria vestir no próximo dia. Foi quando Ricardo Mestre começou a aparecer, de fato, na Volta a Portugal. Com um tempo espetacular, que não foi, nem de perto, visto por seus rivais, o atleta da Tavira-Prio conquistava a "amarelinha" para não perder mais.

A etapa seguinte via a maior dificuldade dentre todas, com a chegada no alto de Torre, com uma subida fora de categoria, aonde iria se decidir o verdadeiro campeão. Mestre resistiu a difícil escalada e chegou em terceiro, apenas 3'' atrás de seu companheiro de equipe, André Cardoso, vencedor da etapa, mantendo-se no topo da classificação, daonde não saiu mais.

Equipe comemora com Ricardo Mestre a conquista da Volta a Portugal. Foto: divulgação
No último dia, o italiano Francesco Gavazzi mostrou sua força no sprint e venceu mais uma vez, porém não levou a camisa branca, de líder por pontos, que ficou com Sérgio Ribeiro. Já o prêmio de montanha não saiu das mãos do uruguaio Fabrício Ferrari (Caja Rural), líder na categoria desde a primeira subida.

Mesmo com as dificuldades financeiras que Portugal vive, que reflete na Volta a Portugal com uma premiação mais baixa e menos equipes, a principal competição ciclística do país mostrou seu charme e sua dificuldade durante as quase duas semanas. No final, a festa foi portuguesa, com certeza. Com os dez primeiros lugares na classificação geral ficando com atletas da casa.


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