O segundo dia da Vuelta España teve sua primeira etapa em estrada. Após o contra-relógio por equipes do sábado (20), a segunda etapa foi de 174 km entre La Nucía e Playas de Orihuela, em um percurso plano, porém, com uma montanha de categoria 3 logo no início. Na parte final, uma pequena subida poderia atrapalhar os favoritos no sprint.
Além do prêmio de montanha, o percurso teve duas metas volante, localizadas nos quilômetros 91,8 e 129,8, em Santa Pola e Dolores, respectivamente.
A fuga do dia contou com quatro atletas de diferentes nacionalidades. O alemão Paul Martens (Rabobank), o australiano Adam Hansen (Omega Pharma-Lotto) e o atleta da casa, Jesus Rosendo Prado (Andalucía-Caja Granada) tomaram a frente da prova desde o começo, e aproveitando o ritmo lento do pelotão, chegaram a abrir 6'00'' de vantagem.
Juntando as condições do tempo, que na parte inicial chegou a ser de 40º C, e ainda bastante vento, os atletas da fuga começaram a se guardarem também, e a vantagem para o grupo principal chegou a cair consideravelmente a até 2'45'', porém, com a briga por pontos verdes durante o percurso, os escapados voltaram a acelerar e abrir tempo. Chegando a cidade de Elche, os quatro ciclistas da frente estavam cerca de 6'00'' a frente, novamente.
A equipe Leopard-Trek, do então camisa vermelha, Jakob Fuglsang, se manteve a frente do pelotão por grande parte do tempo, passou a receber o auxilio da HTC-Highroad, Skil-Shimano e Garmin-Cervélo na ponta para acelerar e diminuir a desvantagem para a fuga. Com o aumento no ritmo os escapados foram presas fáceis e seriam engolidos cedo demais, permitindo com que novas fugas mais fortes se lançassem, então quando a diferença era por volta de 1'45'', o pelote começou a "cozinhar" os mais combativos do dia.
Vendo a aproximação rápida do pelotão, Hansen resolveu atacar. Tentando responder, os outros ciclistas "fujões" aumentaram o passo, e Hounard acabou sobrando. O australiano tentou resistir por mais tempo, enquanto os seus companheiros de grupo foram sendo alcançados. Mas com 12 km para o final, Adam Hansen não conseguiu se manter mais na ponta da prova, e foi neutralizado.
Novamente a HTC-Highroad estava na cabeça do pelotão, mantendo a alta velocidade no grupo, que acabou fazendo com que alguns ciclistas perdessem contato. Fabian Cancellara (Leopard-Trek) tentou trabalhar para sua equipe embalando Daniele Bennati, o sprint da equipe na Espanha.
Mas quem levou a etapa foi Christophe Sutton (SKY), que foi melhor do que seus rivais no sprint, dentre aqueles que chegaram bem para a disputa, e conquistou a vitória. O australiano foi seguido de Vicente Reynes (Omega Pharma-Lotto) e Marcel Kittel (Skil-Shimano), mas quem ficou com a camisa vermelha foi Daniele Bennati. O italiano da Leopard-Trek cruzou em 6º, e se aproveitou do bom desempenho de sua equipe no contra-relógio por equipes para vestir a principal camisa da Vuelta.
Mark Cavendish (HTC-Highroad) não chegou nem perto da vitória, talvez pela elevação no trecho final, o britânico, grande favorito no sprint, chegou 1'01'' depois de Sutton.
Paul Marteens passou em primeiro na meta de montanha do dia, somando três pontos, e é o primeiro "rei da montanha" da competição. Com a vitória na etapa, Sutton vestirá no próximo estágio a camisa verde de líder por pontos. Enquanto isso, a camisa de líder no combinado de todas as premiações fica com Jesus Rosendo (Andalucía-Caja Granada).
Na terceira etapa, os ciclistas irão sair de Petrer, na região de Alicante, com destino Totana, na região de Murcia, 163 km depois. O estágio é considerado plano, porém tem o terreno um pouco acidentado, incluindo duas montanhas de categoria 3, nos quilômetros 116,6 (Alto del Berro) e 150,6 (Alto de la Santa). A última, inclusive, será pouco antes da chegada, tendo logo após a descida a cidade de Totana.
As duas metas volante estarão em Pliego (km 97,8) e Totana (km 141), antes da subida do Alto de la Santa, para a chegada novamente em Totana.
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